Segundo o IBGE, o rendimento médio real mensal de todas as fontes diminuiu de R$ 2.292 ao mês em 2019 para R$ 2.213 em 2020, uma queda 3,4%, já descontada a inflação do período, atingindo o menor valor desde o início da série histórica em 2012.
Outra informação preocupante, no período, foi que aumentou o percentual de fonte de renda proveniente de transferências, principalmente, de programas governamentais como o Auxílio Emergencial. E diminuiu o percentual de fonte de renda proveniente do mercado de trabalho, tendo uma situação mais crítica na Região Nordeste.
No período mais agudo e preocupante da crise sanitária causada pela pandemia, muitas empresas enfrentaram problemas financeiros, sendo, por muitas vezes, necessário o encerramento das atividades das empresas, gerando aumento do desemprego, ou a opção em reduzir jornadas de trabalho ou suspensão de contratos de prestação de serviços por tempo indeterminado, contribuindo para a redução de renda da população.
Um ponto de atenção dos governos deve ser reduzir, cada vez mais, o nível de dependência da população em relação a esses programas sociais de transferência de renda, ou seja, reduzir cada vez mais o percentual de pessoas em nível de pobreza ou miséria.
Para reduzir esse percentual triste, devem ser atendidas as necessidades básicas da população, primordialmente, mantendo uma estrutura de sustentação da população e incrementando medidas para a qualificação da educação em todos os níveis, melhorando, assim, a empregabilidade da população brasileira, facilitando a aquisição de empregos ou abertura de negócios próprios pelas pessoas. Isso contribui, também, para fornecer uma mão-de-obra mais qualificada para as empresas no mercado do trabalho.
Esses programas de renda são fundamentais no curto e médio prazos, mas no longo prazo esse "jogo" deveria mudar, e as pessoas terem condições de auferir mais renda através da prestação dos serviços e geração de valor (esse é o normal), o que terá uma consequência positiva na produção do país.
Independente das ações governamentais, as empresas devem fazer a sua parte, cumprindo suas funções sociais da melhor maneira possível, e avançando a nível de ações de responsabilidade social, dentro de suas possibilidades. Essas ações de responsabilidade social e sustentabilidade ambiental fazem a diferença para a população, e atraem os consumidores mais conscientes, os quais enxergam valor agregado ao negócio, nessas ações.
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