Comportamento das famílias
- Vinícius de Oliveira
- 10 de jul. de 2023
- 2 min de leitura
Em reportagem do profissional Renan Monteiro, pelo veículo de comunicação Extra Online, é informado que, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) em 07/07/2023, os brasileiros depositaram mais de R$ 2,5 bilhões na poupança em junho de 2023, primeira entrada líquida no ano. Já considerando o primeiro semestre de 2023, foram apurados R$ 69,232 bilhões em saldo negativo (tem mais retiradas do que depósitos).
Comportamento no 1º semestre de 2023
Esse comportamento de mais retiradas do que depósitos na poupança no primeiro semestre de 2023, pode ser explicado pela inflação no período, e pelo alto percentual de endividamento das famílias brasileiras. Esse endividamento ainda sofre influência da crise sanitária e econômica decorrente da pandemia iniciada em 2019, a qual impôs várias restrições na época, que afetaram as atividades empresariais, contribuindo com desligamentos de colaboradores e/ou redução da renda familiar, apesar da recuperação da atividade econômica após o período de pandemia.
Consumo responsável
A solução é propiciar a educação financeira para as famílias, incentivando a organização das finanças familiares através do orçamento familiar e consumo consciente. É fundamental que as pessoas evitem o consumo por impulso e sem controle, precisando, muitas vezes, recorrer a capital de terceiros (empréstimos), que estão com juros atuais altos decorrentes da alta da taxa Selic.
A organização financeira é importante para que não seja necessário utilizar capital de terceiros para pagar obrigações recorrentes. Caso seja necessário pedir empréstimo, é fundamental pesquisar os custos envolvidos e os programas do governo, para a melhor tomada de decisão possível. A economia do país e as empresas, com sua atividade produtiva, necessitam estimular o consumo, porém, o consumo deve ser consciente para que seja sustentável.
Comportamento no mês de junho de 2023
No mês de junho houve uma melhora relacionada aos depósitos, podendo ser reflexo de uma melhora na situação socioeconômica e, consequente, controle do endividamento com a evolução na capacidade das famílias em pagar suas dívidas dentro dos prazos acordados; e preocupação em guardar recursos para possíveis emergências e para o futuro. Mas isso deve ser analisado com muito cuidado, para avaliar se houve entrada de recursos não recorrentes no período, que possam ter auxiliado as famílias, e/ou evolução na capacidade de gestão do orçamento familiar e negociação com os credores.
O importante para as famílias é reduzir e controlar suas dívidas, evitando a inadimplência, para poder formar sua reserva financeira.
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