Aumento do desemprego no Brasil no período de pandemia

O Brasil atinge a marca de 14 milhões de desempregados no período de pandemia, segundo o IBGE, representando um aumento de 43% nos meses entre Maio e Setembro de 2020.

Já é sabido que muitos países foram afetados economicamente pela pandemia do COVID-19. O Brasil tem sofrido com a inadimplência e a falência de várias empresas que geravam empregos e promoviam o aquecimento da economia. A consequência disso é o aumento do desemprego neste período.

O problema é que estão sendo adotadas medidas que resolvem apenas problemas no curto e médio prazos, como a liberação de linha de crédito facilitada para os micro, pequenos e médios empresários, para capital de giro. É claro que essas medidas podem contribuir para a sobrevivência de empresas e, consequentemente, a manutenção de empregos. Entretanto, o resultado da pesquisa de desemprego poderia ser menos desfavorável se os gestores tivessem uma visão sistêmica, preventiva e menos imediatista. Devem existir objetivos e metas de curto, médio e longo prazos, pois existem resultados que necessitam de mais tempo para aparecerem, assim como, necessitam que as metas de curto e médio prazos sejam atingidas também. Os problemas de curto prazo devem ser solucionados para evitar um colapso, mas, ao mesmo tempo, devem ser adotadas medidas para o médio e longo prazos. Um exemplo de medida para o longo prazo é a educação financeira nas escolas do Brasil, mas demoraram muito tempo para enxergar isso. Se isso já estivesse sendo executado há anos, com certeza, não teríamos um resultado de desemprego tão ruim neste momento, pois os empresários já estariam mais bem preparados e estruturados, assim como as pessoas físicas saberiam planejar melhor as suas finanças pessoais, passando com menos dificuldades por crises como essa.

O dinheiro para o capital de giro, no caso das empresas, e para o auxílio emergencial, no caso das famílias, além de postergação de determinadas obrigações, ajudam no curto e médio prazos, mas não representam medidas sustentáveis para o longo prazo, apesar de propiciarem tempo para empresas e famílias se organizarem, visando o aquecimento da economia.

As medidas sustentáveis para o longo prazo devem contribuir para aumentar a empregabilidade das pessoas e a capacidade de gestão para as empresas de todos os segmentos e portes.

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